O frio ficou lá fora, fecho a porta, tiro o casaco pesado e gordo, revelou-se hoje inútil frente ao frio que lá fora se faz sentir, no soalho ouço os passos apressados do Fábio que se faz acompanhar com os gritinhos estridentes com que sou sempre recebida, desço à altura dele, abraço-o, beijo-o, afago-o sinto-lhe o cheiro doce, pergunto sempre como lhe correu o dia, nunca me responde em palavras, mas depressa se ri, corre apressado à malinha da escola, está lá tudo a roupinha usada, os recados, os trabalhinhos, chama-me nervoso como se fosse muito muito importante à sala para ver a brincadeira dele "mã" pudesses meu filho toda a vida me chamar apenas assim "mã", para mim a mais completa das palavras, diz-me tanto, dizes-me tanto meu filho quando me chamas somente "mã"...
O Pai acaba de sair, ficámos aqui só nós, os dois na nossa tão nossa cumplicidade...
Ainda sinto o frio gelado no meu corpo, decido-me por um banho quente, aqueço a casa de banho, ligo a água que corre com pressa de chegar, lá vens tu atrás de mim "mã!" digo-te que vou dar banhinho, -"também queres anjinho?" acenas que sim com a cabecinha enquanto dizes um tímido "xim" - "então primeira dá a Mãe, depois tu!" - "xim"...
Dispo-me, entro na banheira e deixo a água quente arrepiar o meu corpo, tu olhas para mim a sorrir, tentas alcançar a água que cai do meu corpo, por fim tentas por ti subir a banheira e entrar, fico num dilema idiota entre te deixar entrar ou acabar eu e depois tu...
Deixo tudo para trás e ergo-te nos meus braços, molho-te é certo mas tu até gostas-te da brincadeira, ajudas a despir e quando já estás sem roupinha chapinhas a água no fundo da banheira, ris perdido de alegria de estarmos ali os dois, a água que chapinha depois do encontro com a minha pele vai ter a ti, limpas a cara saltitas sorris, pedes colo, ergo-te mais uma vez em mim, ficámos ali os dois no quentinho da água coladinhos tal qual quando nasces-te, senti a tua pele nua na minha pele como no primeiro dia...
Desço à tua altura na banheira, trago comigo o chuveiro, - "dá banhinho à Mãe!" e viras o chuveiro para mim, riu alto pela água na cara, gargalhas de me ver aflita, viras o chuveiro e molhas toda a casa de banho ao redor, não te ralho nem nada parecido, estamos ali os dois, duas crianças, a água caída no chão alguma esfregona irá limpar, mas este momento, esse sim NINGUÉM mo pode roubar...
AMO-TE MEU AMOR BOM...
Amigos dos animais
ABRA - Assoc. Bracarense Amigos dos Animais
As barriguditas e não só que gosto de visitar:
Uma vida a crescer nas nossas vidas...
Principes, Princesas e Muito Mais...
Crónicas de uma mãe atrapalhada!
Mamãe do Cris, do Guga e da "Coisa Fofa" que está na barriga
Balexandre (um Português na Dinamarca)
Informações úteis:
PinkBlue (calendário da gravidez)
ACTIVIDADES
Meninas prendadas